Massagem Ayurvédica e os diferentes tipos de óleo


A utilização de um tipo de óleo vegetal durante a realização da massagem faz com que se obtenha melhores resultados. Normalmente os médicos ayurvédicos utilizam óleos especiais para tratar as enfermidades causadas por um transtorno de vata (ar) e diversos tipos de infecções cutâneas. O óleo é um nutriente para a pele, já que contém proteínas, carbohidratos e outros componentes essenciais que são absorvidos através das aberturas dos folículos do cabelo e assimilados pelo bharajaka pitta. Os folículos conectam-se com as fibras nervosas que são fortalecidas pelo azeite. O azeite previne a secura da pele, aumenta a sua flexibilidade e evita muitos dos efeitos do envelhecimento prematuro. Suaviza a pele, elimina as escoriações, dispersa o calor de modo uniforme em todo o corpo e proporciona brilho à pele.

A pequena quantidade de óleo que permanece no corpo depois da massagem e o duche ou o banho que se toma conferem resistência frente às trocas extremas de temperatura e de pressão do ambiente exterior. Se se aplica azeite no umbigo antes de dormir, elimina-se a secura de todo o corpo. Quando se aplica óleo numa articulação da coluna e no crânio, normalmente o sistema nervoso acalma-se, a memória é fortalecida e a vista melhora.

Na Índia é comum receber massagens com a utilização de um tipo de óleo. Os terapeutas ayurvédicos acreditam que se fizerem uma massagem sem óleo, a seco, a fricção criada gera calor e dor e perturba o elemento vata e, como consequência, os gases do organismo. No entanto, é possível dar toques mais profundos, comprimir, amassar e pressionar com suavidade (incluindo-se a pressão com força) prescindindo-se do óleo sem experimentar efeitos negativos.
Quando o objectivo é eliminar o cansaço, o stress, o nervosismo, o desassossego e a ansiedade, isto pode ser tão vantajoso como uma massagem com óleo. Contudo, não fortalece os nervos nem a pele e tão pouco elimina a secura da pele. Na Índia, costuma-se aplicar óleo regularmente no corpo para evitar picadas de insectos; nos órgãos genitais, para prevenir as infecções; no nariz, com o fim de evitar a sequidão; nos olhos, para limpá-los e fortalecê-los; nas orelhas, para limpá-las, e no umbigo, para curar a sequidão de todo o corpo e apaziguar o fogo do aparelho digestivo.

Na Ayur-Védica dá-se muita importância ao umbigo porque é através dele que uma rede de setenta e dois nervos subtis (os nadis), se conectam com o resto do corpo. O umbigo é também a primeira fonte de nutrição e de vida para o feto. O corpo, tal como uma máquina, necessita de óleo. O óleo é utilizado na cozinha devido à sua capacidade para distribuir uniformemente o calor.

O Sushruta Samhita estabelece que as pessoas que sofrem de enfermidades derivadas de vata (ar) devem adoptar as seguintes práticas: aplicar o sneha (lubrificante/óleo) na zona afectada, aplicar fomentos; untar todo o corpo com óleo; fazer purgas de óleo; fazer siro vasti, ou seja passar óleo na cabeça; inalação de vapores com óleo – neste processo se produzem vapores com óleos essenciais na água que se aquece constantemente, os quais deverão ser inalados para que a pessoa beneficie dos seus efeitos; fazer gargarejos com óleos mornos; utilizar agentes que produzam espirros.

Recomenda-se ainda para as pessoas que padeçam de desordens de vata que utilizem ghee ou manteiga clara e óleo de cozinha, consumam açafrão e cítricos, lavem-se com água temperada, recebam uma massagem suave, vistam-se com roupa de fibras naturais (algodão, seda, lã suave), vivam em habitações quentes, durmam em camas suaves, abstenham-se de sexo e aqueçam-se numa lareira.

ÓLEOS DE MASSAGEM MAIS ADEQUADOS AO TEMPERAMENTO DO CLIENTE:

Para cada tipo de dosha afectado existe um óleo que se adapta mais para atenuar os desequilíbrios que ele possua: para os vatas recomenda-se o óleo de sésamo, para os pittas o óleo de coco e para o kapha o óleo de mostarda é o mais benéfico.

(Fonte: www.ayurvedica.org )